domingo, 20 de junho de 2010

Velociraptor



O "Raptor", como é chamado, é, sem dúvida nenhuma, uma das mais abomináveis criaturas já concebidas pela InGen.

Inicialmente os cientistas acreditavam que o T-Rex seria a mais impressionante atração do Jurassic Park, como o mais nefasto predador que o mundo já viu.

Com a descoberta de sua natureza mais "calma", o pessoal da InGen apostou nos Raptores. Diferente das 7 toneladas do grande terópode, os Raptores são pequenos e ágeis. Seu natural instinto assassino faz dele uma horrenda adição ao parque.

O Raptor é um predador nato. Come apenas carne fresca. Diferente de outras espécies carnívoras que em geral só matam pra comer, o Raptor sente um imenso prazer na caça, apenas pela ação. O Raptor é um assassino natural. Sozinho ele normalmente só consegue apanhar pequenos animais, como Microceratus, Hypsilophodon e Compys. Mas em grupo ele se torna um inimigo letal. Já foram observados Raptores abatendo grandes bicos-de-pato, Pachycephalosaurus e grandes ceratopsianos.

O Raptor ataca em bandos, através de métodos coordenados. Diferentemente de outros dinossauros, possui um cérebro muito grande, proporcionalmente ao tamanho de sua cabeça, o que lhe propicia uma grande inteligência. A mais comum técnica usada pelos Raptores é a da surpresa. Dois ou três Raptores servem de distração para a presa, mostrando-se e silvando para ela. Enquanto isso outros cinco ou seis aproximam-se furtivamente pelos lados e por trás, saltando sobre a vítima. Os Raptores usam suas garras das mãos para se fixarem na presa. As enormes garras dos pés são usadas para rasgar o ventre e expor as vísceras. Uma vez derrubada à vítima é imediatamente devorada, mesmo se ainda estiver viva. Se preciso, um Raptor pode perseguir suas presas a até 100 km/h.

A primeira geração de Raptores, também chamados G1, apresentava alguns problemas genéticos. Inicialmente pensou-se em só produzir fêmeas, para evitar a reprodução descontrolada de tão temível criatura. No começo foram produzidas 12 fêmeas. Dessas, 8 foram levadas para a Isla Nublar, onde ficaram isoladas num recinto de segurança máxima até que seu lar permanente estivesse concluído. no entanto, 5 delas foram mortas por uma fêmea maior e dominante que deixou apenas duas vivas por estas serem extremamente submissas a ela. As outras fêmeas foram soltas na Isla Sorna.

Infelizmente descobriu-se que algumas dessas fêmeas tinham a capacidade de mudar de sexo, provavelmente decorrente de parte do DNA anfíbio inserido para preencher as lacunas do seu. Havia pouco dimorfismo sexual entre os Raptores G1. As fêmeas, ligeiramente maiores, apresentavam uma coloração marrom escura, além de um crânio mais quadrado. Os machos, originados das fêmeas que mudaram de sexo, se tornaram alaranjados, com listras negras cobrindo o dorso.

Com a separação entre machos e fêmeas tornou-se possível à reprodução natural desses animais na selva. Sobre os animais da Isla Nublar pouco se sabe, pois as instalações foram destruídas após o incidente, apenas que os três animais adultos citados anteriormente foram mortos pouco antes dos últimos sobreviventes serem retirados da ilha, mas eles, possivelmente, reproduziram antes de morrerem, pois é fato que Alan Grant,Tim e Lex Murphy encontraram um ninho com ovos de Raptor recém-chocados. Na Isla Sorna a situação era um tanto diferente. Os Raptores não só proliferaram como também começaram, na geração seguinte, a se modificar. Surge então a geração G2.

Não se sabe muito a respeito do mecanismo que permitiu a "evolução" de tais criaturas em tão pouco tempo. O que se conhecem de concreto é que existem diferenças marcantes entre os Raptores da primeira e da segunda geração, especialmente físicas. Pode-se apenas teorizar que a geração G2 se tornou um pouco mais parecida com seus correspodentes pré-históricos, talvez por seus genes ancestrais terem, com o passar para essa nova geração, sido levados a se ativar por algum mecanismo biológico desconhecido, suplantando, pelo menos em parte, o DNA anfíbio. Se essa teoria se mostrar verdadeira, é possível que logo os Raptores passem para uma geração G3, e quem sabe mais futuramente uma G4, sendo que a cada passagem, estes se tornam cada vez mais parecidos com seus "ancestrais", ou seja, Raptores completos.

É bom lembrar que os Raptores G2, assim que atingiram a fase adulta eliminaram quase todos os G1 da área da Isla Sorna. Sabe-se que depois do massacre, houveram poucos sobreviventes, mas nenhum sinal deles foi detectado na ilha. O que se teme é que os exilados tenham, de algum modo, escapado da Isla Sorna e possam ter alguma ligação com as estranhas aparições nas montanhas de Ismaloya, Costa Rica.

Os G2 apresentam um dimorfismo sexual bem mais acentuado. Os machos têm uma coloração mais escura e levemente azulada. Apresentam ainda uma listra clara que percorre o dorso até quase a ponta da cauda. Eles ainda apresentam um pequeno tufo de penas no alto da cabeça, que provavelmente utilizam para comunicação visual. As fêmeas são maiores e mais claras, com manchas mais escuras intercaladas. Diferentemente dos machos estas não possuem penas.

Como já pode ser subentendido, os Raptores são animais sociais. Vivem em bandos que podem conter até 15 indivíduos. O grupo é comandado por um casal alfa. A fêmea alfa é quem realmente comanda. É reconhecida por ser a maior e mais clara de todas. Os Raptores formam uma sociedade matriarcal (essa característica já era observada nos Raptores G1). O macho alfa apenas coordena as divisões de caça e defesa. Ele apresenta penas mais longas, olhos mais claros e as cristas orbitais mais avermelhadas.

A hierarquia é muito rígida. Apenas o casal alfa se reproduz. Os outros membros do bando devem apenas ajudar na caça, da defesa e no cuidado dos filhotes. A fêmea alfa libera um feromônio que inibe a fertilidade das outras fêmeas. Na verdade existem em geral uma ou duas fêmeas além da líder, que servem como pajens da mesma. O resto dos membros são compostos por machos subalternos.

A fêmea põe vários ovos em diferentes ninhos, que são muito bem guardados por pares de machos subalternos. Os filhotes são cuidados também por esses mesmos machos. Forma-se, inclusive, uma ligação entre eles. A fêmea alfa pouco participa do cuidado dos bebês. Ela prefere observar de longe os outros cuidando dessa tarefa. Mas se um de seus ninhos é ameaçado, ela é capaz de tudo, não desistindo jamais, até que tudo esteja bem novamente.

O macho alfa comanda os grupos de caça. Como os Raptores machos em geral são mais inteligentes que as fêmeas, são eles que organizam os ataques. As fêmeas são mais violentas e brutas. Ainda não se sabe o motivo para essa diferença nos graus de intelecto.

Os Raptores possuem linguagem própria, como os humanos. Essa linguagem é possibilitada pelas amplas câmaras de ressonância presentes no crânio de tais animais. Já foram registrados pelos especialistas da InGen mais de 100 sons diferentes, cada qual com um significado único. A linguagem não só reforça as ligações entre os animais como também auxilia na comunicação durante um ataque ou defesa.

Ainda pouco sabemos sobre o nível de inteligência dos Raptores. Só o que podemos afirmar é que a geração G2 é mais inteligente que a G1. Alguns experimentos demonstraram que a capacidade intelectual do Raptor é superior á dos primatas, o que o torna, depois do ser humano, a criatura mais inteligente do planeta.

Outra questão interessante é sobre sua reação aos seres humanos. Os Raptores G1 eram muito mais agressivos que os G2. Muitos acidentes resultando em morte foram provocados por tais animais. Vários funcionários foram horrivelmente mutilados quando faziam a manutenção dos raptores G1. No caso dos G2, tendo sido criados soltos, sem muita interferência humana, apresentam-se mais tolerantes. Ainda sim podem ser terrivelmente letais caso seu ninho seja ameaçado.

Na Isla Sorna os Raptores fizeram seu ninho na selva fechada, bem próximos das antigas e agora, abandonadas instalações da InGen. Qualquer animal que se aproxime corre o risco de ser abatido.

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