O "Spitter", como é carinhosamente chamado, foi uma das primeiras espécies de dinossauros a serem produzidas pela InGen.
Durante anos os paleontólogos acreditaram que os Dilophosaurus eram carniceiros, uma vez que tinham uma estrutura frágil demais para capacitá-los a caçar. Mas o que se descobriu é que o Spitter tem uma característica que compensa seu físico. Algo que nunca ninguém imaginou em um dinossauro: veneno. Há quem relacione essa característica à inserção de DNA de serpentes em seu código genético, pois é sabido que no caso do Spitter o DNA de anfíbios apenas não foi suficiente.
O Spitter produz uma toxina extremamente perigosa em duas glândulas localizadas na base do crânio. O Spitter na verdade não inocula o veneno como as serpentes, ele não possui presas especializadas para isso. Ele na verdade a cospe na vítima, a uma distância de até 15 m. Se atingir a pele, pode provocar uma irritação forte e uma terrível sensação de ardência. O problema maior é quando atinge os olhos. Nesse caso pode provocar sérias lesões, incluindo a cegueira permanente.
Diversos acidentes ocorreram com funcionários e tratadores. Felizmente a equipe desenvolveu uma solução líquida que pode reverter os efeitos do veneno nos olhos, desde que usada até 2 horas depois do acidente. Lavam-se os olhos com a solução e o efeito é revertido.
Foram produzidos inicialmente 7 Spitters. Todos foram levados para a Isla Nublar. Lá eles foram acomodados numa área de selva escura próxima ao rio. Os Spitters nunca saem em campo aberto, o que dificulta bastante sua observação.
Tal como ocorreu com outras espécies, alguns Spitters mudaram de sexo tornando-se machos. Os machos podem se diferenciar das fêmeas pelas cristas maiores e pelas cores mais chamativas.
Descobriu-se que o Spitter é um animal bastante social. Observações feitas revelaram que os animais possuem um tipo de "cultura" própria. Os diversos membros do grupo dividem tarefas como a de caçar, de cuidar dos ninhos e dos filhotes.
Os bebês Spitters tornam-se independentes dos adultos por volta de 5 meses, mais rápido do que qualquer outra espécie. Os jovens passam algum tempo sozinhos, aprendendo a caçar e a sobreviver. Aos 3 anos, quando estão completamente adultos, voltam para o grupo para dele fazerem parte.
O Spitter é, antes de tudo, uma criatura dissimulada. Quando se vê numa situação de perigo, ou mesmo quando está diante de uma presa, é comum que ele simule a aparência de uma criatura amigável e indefesa. O Spitter tem um som característico, semelhante ao piado de uma coruja. Nessas ocasiões ele emite sons que, de certa forma, tranqüilizam o oponente, fazendo pensar que o Spitter quer apenas "brincar". Quando finalmente baixa a guarda, o Spitter age rapidamente, anulando as chances de sucesso do inimigo.
Na época do acasalamento os casais realizam danças de corte elaboradas e exibições de suas golas coloridas. Em geral os Spitters acasalam sempre com o mesmo par.
Os Spitters possuem uma grande gola ao redor do pescoço, que fica a maior parte do tempo recolhida. Sua função é variada. Na época do acasalamento serve como atrativo e faz parte do ritual de corte. Em caso de ameaça, o Spitter abre sua gola e emite um silvo alto, entremeado pelo chacoalhar da gola, semelhante ao guizo da cascavel. O chiado é produzido graças às pontas córneas presentes nas pontas. Essa demonstração de ameaça é suficiente para intimidar a maioria dos inimigos. Até mesmo os raptores pensam duas vezes antes de atacar um Spitter. A única ameaça para tais animais na Isla Nublar é o T-Rex.
A gola ainda serve para causar um efeito "hipnótico" em presas potenciais. O Spitter chacoalha a gola, com suas cores vivas para causar desorientação, o que facilita bastante o ataque. Como os Spitters em geral caçar em grupos, o índice de sucesso na caça é alto. Entre as presas preferidas estão os Microceratus, os Callovosaurus, os Othnielia e os Hypsilophodon. Atordoada e cega pela toxina, a presa facilmente cede às garras poderosas do Spitter.
A descoberta do Spitter como um caçador frio e eficiente, capaz de coordenar ataques em grupo surpreendentemente aterrorizou a maioria da equipe da InGen.
Nenhum comentário:
Postar um comentário